quarta-feira, março 29, 2006



Certo dia, à tardinha

Certo dia, à tardinha, sentei-me na varanda, olhei a cidade lá em baixo.
As pessoas pareciam formigas, todos os barulhos se fundiam num só.
Era o barulho da cidade , ao fim de tarde, num dia de Verão.
Fechei os olhos ao enfrentar o sol, respirei deitando o ar com força para fora e pensei:
"Que bom! cheguei até onde queria."

Estava cego , mesmo de olhos abertos !
Ignorava as coisas básicas da vida, que nada é adquirido , que tudo muda num instante, que só a impernanência é permante e que os objectivos são só miragens que desaparecem ao chegarmos.

3 comentários:

sa.ra disse...

e é uma maravalhiva, não é?

A vida é tão generosa que não nos esgota os sonhos, nem a vontade/necessidade de sonhar!


é tão bom chegar ao fim e encontrar lá o princípio!

beijos!
um dia muito feliz!

Edilson Pantoja disse...

Fez-me lembrar um conterrâneo seu: "Onde pus a esperança..."
Forte abraço, meu caro!

Oceânica disse...

As miragens... ao chegar, se transformam... sao como a água que, em sua transparência, mostra mais do que realidade...