terça-feira, junho 07, 2011

Conto da cabrinha que pulava


A cabra era bem pretinha, com os cascos brilhantes, jovenzinha e cheia de vida. O dono trata-a bem, ata-a no meio do pasto com uma corda longa. Porém a cabrita enfada-se daquilo tudo, por que tem como horizonte a montanha e deseja ir até lá.
Uma manhã, ela pede para o seu dono deixá-la ir a montanha por que assim deseja muito.
O dono fala do perigo de um lobo que ronda por ali.  Então, ele questiona a cabrita sobre o que lhe falta. Ela responde que nada, mas que tem o desejo de ir lá. E se vier o lobo o que fará? Ela diz que o enfrentará até a morte. Então, diante da resposta, ele decide trancá-la.
 Assim o faz, trancando à chave a porta, mas esquece-se da janela aberta e a cabrita foge. Chegando às montanhas, a pequena cabra realiza todos os seus sonhos, sente-se uma rainha, vive uma aventura, é feliz e tem sucesso. O tempo
assim passa rápido e já se faz noite quando ela se dá conta que não tem mais como retornar ao lar.
Contudo, a cabrita sente que o lobo está atrás de si, vira-se e vê-se frente a frente com ele. Ele é enorme, imóvel e a devora com os olhos, ciente que não precisa ter pressa, que ela vai ser sua presa. A cabrita compreende isso. Sente medo. No seu último rasgo de orgulho, a pequena cabra  resolve resistir. No cume da batalha, já com poucas forças, come a relva verde, gostosa e exuberante da montanha, seu prémio de liberdade.
 Então ao amanhecer, ela cai na relva, esgotada, cheia de sangue e é comida pelo lobo.




Nenhum comentário: