quarta-feira, novembro 16, 2011

Carros de Havana 3


Frisson à Rilke


Que o Tempo não refute nunca
o rastilho prisioneiro e perplexo
do Amor
pois o sangue - motor da vida- pulsa
rarefeito
no apelo escondido dos Astros
a debilitar o indispor do mundo
que arrasta o azul sobre o branco:
o ar puro da felicidade






Somente o Amor filtra a ofensiva
da amargura em qualquer coração
e derrama o inusitado sobre o rosto
a orvalhar a eviternidade
e a apreender o martírio de tédio
que deslumbra
existência sufocante
em recatos de sabedoria enevoada

Diego Mendes Sousa (obrigado ao Hilton)

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