sexta-feira, outubro 21, 2005




Gosto

Do sorriso impertinente
Dos olhos ónix a piscar
Do busto tão irreverente
E desse cabelo particular

Das carnes bem consistentes
Do teu umbigo ideal
Das covinhas indecentes
No fim da espinha dorsal

Do teu ar assim atrevido
E também do ar inocente
Da tua boca que não mente
Quando lança o final gemido

Da parte de trás do pescoço
Que o cabelo quer esconder
Aí onde não há qualquer osso
É bom sítio para morder

Do teu riso de criança
Da voz rouca do cigarro
Do teu andar que balança
E das mãos que eu tanto agarro

Do corpo de animal nadador
Que nada em qualquer maré
Mas do que sou mais amador
É da cicatriz do teu pé

3 comentários:

joaninhalibelinha disse...

Gosto
Da tua sensibilidade. Também quero ser assim...

iggie disse...
Este comentário foi removido por um administrador do blog.
iggie disse...

hm. wanted to rephrase what i wrote... i had to use a translator to read what the poetry you published on your blog, but it was well-worth it.