domingo, dezembro 11, 2005


Nena

Agora é o tempo da geada
Da névoa, da humidade
Da noite às quatro da tarde
Das auto-estradas de bruma
Do tapete de folhas no chão
e das árvores todas nuas.
Só os carvalhos resistem
saudosos das alegrias do Verão
É o tempo do ermita,
do monge, da solidão.
Mas repara bem,
sob o tapete de folhas,
uma semente já mexe
um bolbo já desperta.
E repara ainda melhor:
Os gomos da magnólia
Bem inchados, quase a abrir
Só esperam um raio de Sol
Para começar a florir

Um comentário:

Inês Lima Azevedo disse...

Então não se trabalha no blog? Isto já está igual há muito tempo..... :) Inês