quarta-feira, março 22, 2006


A Casa


Tinha uma buganvília à entrada
Daquelas vermelho vivo
Que se vêem à distancia
A porta era estreita, pintada recentemente
De carmin original
Dava para um pátio agradável
Pátio andaluz, pouco luminoso mas fresco
Com plantas pelos cantos.
Ah! já esquecia:
um canteiro com jasmin
E uma laranjeira no centro

Subi por uma escada,
Encostada à parede
Cheguei ao andar de cima
Entrei num quarto bem estranho,
Mais parecia de magia:
Imagina um quarto assim pequeno
Com paredes cor de rosa
Parecendo um salão marroquino
Mas pequeno, em miniatura
Com tapetes e almofadas de seda.
Pois bem, quando eu passeava no quarto
Toda a casa estremecia,

Vibrava da cave ao telhado

Com as ondas dum sismo fraquinho
Como casa de bonecas
Abanada por menina.

Mas a menina era eu,
e eras tu quem estremecia

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