terça-feira, abril 18, 2006


Sentir o vento na cara

Sentir o vento na cara
E também na ponta dos dedos
Que seguram o fio
que segura o papagaio
Que está seguro no ar
amparado pelo vento
E parece pairar
Desafiando as leis da física


Na ponta dos dedos,
sentir o crescer de cada sopro
e de cada lufada mais forte
até ao pico da vibração

Depois, sentir o esvair do vento
e a acalmia a chegar

Mas a brisa continua a soprar
com intensidade suficiente
para o pássaro ficar no ar
e, sózinho, voar, voar.

4 comentários:

Unknown disse...

muito bonito...
Sentido..
Um beijo

Edilson Pantoja disse...

Como o pássaro, voei aqui outra vez. Forte abraço!

Anônimo disse...

Sentir o vento sentir o vento..... Pois pois... Depois queixa-te dos problemas de garganta. :)

Ruaz disse...

Recolho a não ouvir ninguém,
Não sofro o insulto de um carinho
E falo alto sem que haja alguém:
Nascem-me os versos do caminho.

(pessoa)