terça-feira, abril 18, 2006



Descer aquela rua

Descer aquela rua , de Norte para Sul, em direcção ao rio,
Uma metade está ao sol, a outra à sombra,
(assim estão muitas almas, metade ao sol, metade à sombra)

Ter os encontros previsíveis:
O homem dos sete cães brancos,
O homem estátua todo de branco,
O homem embrulhado na bandeira e com nariz de palhaço,
A criança do acordeão e o cão dançarino,
Os grupos de turistas sacando fotografias
ou então na esplanada bebendo café em chávenas gigantes

Tudo isso é previsível, esperado

Mas há o rio, e o outro lado do rio,
onde há terra
e o outro lado da terra,
onde há mar

E o outro lado do mar,

onde fica o Sul.

E é a Sul onde estás tu.

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