terça-feira, junho 06, 2006


Não sabes tudo de todos os mares

Não sabes tudo de todos os mares
Mas agora, daquele mar sabes tudo
Andaste por lá, por onde eu sempre andei
Deixaste as marcas dos teus pés na areia
e essas marcas estão lá agora mesmo
mesmo depois da água passar,
como está marcada na areia a sombra do teu corpo
(imagina um louco, um fotógrafo de sombras...)
Até o vento levante, que enlouquece os ilhéus
soprou só para ti, só para tu o sentires
e a criança que há mil anos corre nua na areia
veio dar pinotes à tua frente.

Agora sabes que naquele mar há quatro algas:
o cabelo da sereia, a barba do náufrago,
os fios do fundo e as redes dos pescadores.

Agora sim , sabes tudo

Nenhum comentário: