quarta-feira, setembro 07, 2005

Taj Mahal


Como prova do meu amor
Pediste um Taj-Mahal
Sou obediente e serviçal
Trabalhei duro com ardor

Com lápiz, régua e compasso
Fiz desenho, contas, projecto
Vesti a pele de arquitecto
Até acertar o definitivo traço

Noites e noites sem dormir
Ao écran do computador
Obra é esforço, pena e dor
E muitas horas a reflectir

Bebi golos de café e bagaço
Para na noite ficar desperto
O sono andava por perto
Perturbava o meu claro traço

Trabalhei a três dimensões
Visualizei o efeito final
Queria fazer uma catedral
Que extasiasse multidões

A catedral é só para ti
Jardim secreto e privado
Não é templo projectado
São palavras que eu senti

Sabes , sou homem banal
Minha vaidade é servir
Só para te poder sentir
Estas quadras são o teu Taj-Mahal

Nenhum comentário: