Taj Mahal
Como prova do meu amor
Pediste um Taj-Mahal
Sou obediente e serviçal
Trabalhei duro com ardor
Com lápiz, régua e compasso
Fiz desenho, contas, projecto
Vesti a pele de arquitecto
Até acertar o definitivo traço
Noites e noites sem dormir
Ao écran do computador
Obra é esforço, pena e dor
E muitas horas a reflectir
Bebi golos de café e bagaço
Para na noite ficar desperto
O sono andava por perto
Perturbava o meu claro traço
Trabalhei a três dimensões
Visualizei o efeito final
Queria fazer uma catedral
Que extasiasse multidões
A catedral é só para ti
Jardim secreto e privado
Não é templo projectado
São palavras que eu senti
Sabes , sou homem banal
Minha vaidade é servir
Só para te poder sentir
Estas quadras são o teu Taj-Mahal
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